
Dra. Jessica Ibde
fisioterapeuta
A Terapia Craniossacral
Após alguns anos de pesquisas, agora sabemos que quando adultos os ossos do crânio não se fundem, existirem estruturas que permitem mobilidade a eles. E nós possuimos um sistema craniossacral que se movimenta ritmicamente durante toda nossa vida.
O movimento rítmico é gerado pelo fluxo de secreção e drenagem do líquido cerebroespinal - o líquor, dentro do sistema de mebranas denominadas meninges, como um sistema hidráulico semifechado. O sistema de membranas (a mais externa é a Dura-Máter) que se movimenta no ritmo craniossacral está conectado aos ossos do crânio que sofre pequenos movimentos para acomodar a constante mudança de pressão líquida que ocorre dentro barreira de membranas.
Por sua intima relação com o Sistema Nervoso, podemos dizer que o bom funcionamento do Sistema Craniossacral é o requisito básico para o seu equilíbrio e de todos os outros sistemas por ele influenciados (Circulatório, Respiratório, Hormonal, Imunológico, etc.), ou seja, o corpo todo, pelo fato de o sistema envolver o cérebro, a medula espinhal, assim como as glândulas Pituitária e Pineal.
Quando os ossos cranianos perdem a possibilidade de movimento em resposta às mudanças de pressão do sistema craniossacral e/ou ocorre uma restrição ou tensão anormal na membrana dura-máter dentro do canal espinhal pode alterar o adequado funcionamento do sistema originando sintomas, dores e disfunção relacionadas ao sistema nervoso central.
Na Terapia Craniossacral aprendemos a monitorar esse rítmo craniossacral com as mãos em quase todas as partes do corpo, e podemos localizar quando partes ou regiões do corpo não se movimentam ritmicamente através da avaliação das fáscias. Sabemos como encontrar as áreas com restrição de movimento que comprometem a função do sistema craniossacral, e como restabelecer a mobilidade de acomodação normal em todas essas áreas. Quando obtemos sucesso em remobilizar o sistema de membranas craniossacrais dentro da coluna espinhal, os sintomas e dores residuais tendem a desaparecer e as funções orgânicas melhorarem.
A Fáscia
Áreas com restrição de movimento são chamadas de lesões e podem surgir decorrentes de um acidente ou trauma. Segundo o criador da técnica Dr. Jonh Upledger e o biofísico Dr. Zvi Karni, muitas vezes o corpo retém forças físicas que lhe foram impostas, ao invés de dissipá-las. Isso é resultado de um acidente, uma queda, um trauma físico ou emocional associados à uma impressão negativa. Conforme o trauma, o corpo isola a área em disfunção e cria-se uma concentração de energia desorganizada, a energia da lesão, denominada "Cisto Energético".
Um corpo vitalizado pode ser capaz de dissipar tal energia e a cura normal pode ocorrer, ou, poderá adaptar-se a um cisto energético, porém é necessário um gasto de energia extra para desenvolver as funções corporais normais. Com o passar dos anos a capacidade de adaptação do corpo vai perdendo sua eficácia e sintomas, dores e disfunções começam a aparecer se tornando cada vez mais difícil de ignorar ou suprimir.
Um cisto energético pode conter uma emoção em seu íntimo. Emoções e sentimentos geralmente decorrentes de traumas nos afetam mentalmente e fisicamente, também podem limitar os mecanismos de adaptação e sobrevivência, exacerbando sintomas físicos e/ou emocionais.
A Terapia Craniossacral é um método suave de diagnóstico e tratamento de efeitos residuais de experiências traumáticas, conscientes ou não conscientes, físicas ou emocionais, retidas no corpo. O processo terapêutico da Terapia Craniossacral pode ajudar o cliente a liberar a mente e o corpo desses traumas e sintomas, buscando a resolução da causa de problemas como:
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Dores musculares e articulares crônicas ou agudas;
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Distúrbios de sono;
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Alterações hormonais;
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Medos, fobias e síndrome do pânico;
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Alergias, dermatites, psoríase;
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Depressão;
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Déficit de atenção e hiperatividade;
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Dificuldades de coordenação motora, dificuldades de aprendizado;
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Ansiedade, estresse e agressividade;
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Problemas urogenitais, cólicas menstruais, TPM;
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Traumas emocionais (perdas, abandonos, separação, etc);
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Anorexia, bulimia;
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Dores de cabeça, cefaléia e enxaquecas;
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Dores relacionadas à hérnia de disco, escoliose e hiperlordose;
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Fibromialgia;
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Asma, bronquite, rinites, sinusites;
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Fadiga crônica e decorrentes do tratamento do Câncer como pós-quimioterapia e radioterapia;
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Dores e disfunções relacionadas à mastigação (ATM); e outros desafios à saúde.
Ainda tenho dúvidas...
Essa terapia serve para mim?
As vezes nosso corpo dói sem causa aparente, as vezes buscamos um diagnóstico, uma doença, uma foto ou exames que definam o porque dessa dor, mas nem sempre encontramos os porquês. E começam as buscas em diversos profissionais da saúde pela origem da dor que nos incomoda. exames de sangue, imagem, consultas com especialistas.
Essa dor pode não ser muito forte ou diária porem de tempos em tempo ela te lembra que existe. Incomoda o sono, irrita, prejudica suas funções diárias e qualidade de vida. Os remédios só aumentam, em quantidade, intensidade e com eles os efeitos colaterais. e eles só anestesiam a dor momentaneamente em um ciclo viciante. E o cansaço e noites mal dormidas não revigorantes pioram a dor ou a necessidade agora de outros remédios, talvez os mesmos para afastar os malefícios do estresse, medos e preocupações.
Há momentos em que a dor se transforma em pânico, ou que a dor é sentida em forma de angústia e inadequação. E ai parece doer a alma. E você pode sentir solidão em sua dor "existencial" e sem explicação aparente... sem saber que remédio tomar essa situação em que se encontra.
Se você se identificou com esse quadro, certamente a Terapia Craniossacral poderá te ajudar.
Até quando devo manter o tratamento?
Os efeitos positivos da Terapia Craniossacral contam com a atividade de autocorreção natural do corpo.
A abordagem com toque leve induz as forças hidráulicas inerentes no sistema craniossacral a melhorar o ambiente interno do corpo do paciente e a fortalecer sua habilidade de auto-correção.
Constantemente vivemos experiencias, mudanças e traumas, e a manutenção e limpeza desses é fundamental e quase não existem contraindicações. A Terapia Craniossacral pode ser utilizada juntamente com outros métodos terapêuticos.
Não há contraindicações?
Algumas manobras dentro da técnica são contraindicadas em um caso extremo de trauma ou evento recente na cabeça onde existe risco de instabilidade da pressão intracraniana.
E para quem não tem um problema ou uma doença específica?
A Terapia Craniossacral é procurada por diferentes razões, porque são muitos os seus benefícios para tratamento. Ela restaura a saúde de dentro para fora, porque trabalha com a causa e não com o sintoma.
A causa é muito mais importante que os sintomas. Um tratamento realmente efetivo terá que lidar com a origem do problema, e não apenas com os sintomas. A principal intenção do tratamento Craniossacral é restaurar o movimento natural rítmico dos tecidos e do fluído cerebrospinal, liberando o padrão de inércia que pode ter sido instalado.
A Terapia Craniossacral visa a saúde e não a doença. A saúde sempre esta dentro de nós, a terapia irá ajudar a reativar o processo de auto-cura que por algum motivo se estagnou, devolvendo movimento aos tecidos. O processo de auto-cura se estagna e o caminho da saúde muitas vezes está escondida, camuflada por diversos motivos como a correria, o estresse, a má alimentação, dormir pouco, entre outros.
É indicada como terapia preventiva por aumentar a resistência do Sistema Imunológico e a capacidade de auto-cura, que é natural do corpo, ou seja, a Terapia Craniossacral pode ser feito para continuar transbordando a saúde.
É possível a minha cura com essa terapia?
Não é necessário renunciar a qualquer tratamento médico para experimentar a Terapia Craniossacral. Ela estimula o funcionamento corporal, estimula os próprios mecanismos naturais de cura e ajuda no alívio de dores, traumas e mal-estar. Proporciona uma melhor saúde global e resistência à doenças e quase não existe contraindicações.
A terapia craniossacral oferece uma oportunidade de melhor qualidade de vida, não importando seu atual nível de funcionamento. Oferece a oportunidade de transformar-se e alcançar um novo potencial de cura e promoção de saúde em todos os níveis com abordagens naturais e gentis guiadas pela inteligencia e sabedoria interna de cada um de nós.
A Terapia Craniossacral, sendo um método suave de diagnóstico e correção, encoraja os mecanismos naturais de cura do corpo.
Quando parece que todas as outras abordagens fracassaram e não há solução, que tal ouvir o que o seu médico interno tem a dizer sobre você?
Por que algumas pessoas se sentem piores após uma sessão?
Há várias razões para esse desconforto posterior ao tratamento. Uma delas é que o corpo está revivendo uma lesão ou trauma anterior que está sendo liberado dos tecidos. Isso pode levar alguns dias.
Outra é que áreas de “torpor” voltam à “vida” e ficam mais sensíveis. Também, acontece muitas vezes de o corpo adaptar-se a um mau funcionamento. Quando removemos a adaptação, ao nos aproximarmos do núcleo do problema, a dor suprimida volta à superfície.
Também devemos considerar que a dor é uma percepção. Quando a esperança da correção de um problema é apresentada ao paciente, o inconsciente faz com que a dor pareça pior, para que o terapeuta não pare antes que todo o problema seja resolvido. Há muitas outras razões individuais para uma piora de sintomas após um bom tratamento.
Por que parece que o terapeuta não está se mexendo?
Porque nós quase não nos mexemos. Aquilo que buscamos na Terapia Craniossacral é extremamente sutil, algo em torno de 5 gramas. Buscamos "seguir" os movimentos do corpo.
Como é possível curar usando um toque tão leve?
Na Terapia Craniossacral tentamos, sobremaneira, propiciar que o corpo do paciente faça, ele mesmo a correção. Nós, os terapeutas, somos facilitadores, auxiliamos a tendência de correção natural do corpo do paciente.
Quando se usa mais do que uma pequena força, pode-se engajar a defesa corporal do paciente contra sua intrusão. Quando o corpo do paciente começa a se defender do terapeuta, os tecidos do corpo do paciente se retesam numa tentativa de manter-se no estado em que se encontram. Quando confrontado com essa situação, o terapeuta pode:
(1) aplicar mais força para sobrepujar a resistência do paciente; ou (2) tocar com mais leveza, como fazemos na Terapia Craniossacral, assim permitindo que os tecidos do paciente relaxem e se obtenha uma liberação terapêutica, oferecendo ajuda apenas o suficiente para promover a eficácia do próprio mecanismo autocorretivo do paciente.
É seguro fazer Terapia craniossacral agora que estou grávida?
Sim, é seguro, e até aconselhável, porque a Terapia Craniossacral mobiliza e melhora muito dos processos normais de adaptação do seu corpo. É necessário que esses processos ocorram perfeitamente durante a gravidez. A Terapia Craniossacral pode ajudá-los sobremaneira.
Ouvi dizer que a Terapia Craniossacral pode induzir o parto. Pode induzir o parto prematuramente?
A Terapia Craniossacral ajuda os processos fisiológicos normais. Quando aplicada de forma apropriada, ela nunca irá contra aquilo que seu corpo quer fazer.
Como a Terapia Craniossacral pode ajudar à nova mãe no pós parto?
De várias maneiras: (1) Ajuda a restaurar o equilíbrio hormonal; (2) Ajuda a aliviar a depressão pós-parto; e (3) Restaura a função pélvica normal, assim eliminando vários problemas de coluna de pós-parto e outros.
Tive problemas de pressão sanguínea alta depois do meu segundo parto. A Terapia Craniossacral poderia ajudar?
E muito comum que a pressão sanguínea alta volte ao normal após algumas poucas sessões de Terapia Craniossacral.
E quanto a me ajudar a perder o peso ganho durante a gravidez?
Se normalizar seu sistema endócrino e mobilizar seus fluidos corporais lhe ajudarem a perder peso, a resposta é sim.
Que tipos de problemas infantis podem ser ajudados pela Terapia Craniossacral?
Baseado na experiência pessoal do Dr. Upledger, ele responde:
1. Alergias:
Respiratória - A Terapia Craniossacral definitivamente é de grande ajuda quando combinada à Liberação Somato Emocional.
Alimentar - A Terapia Craniossacral também é útil quando problemas estruturais no crânio são encontrados e liberados. Há outras causas para alergias alimentares as quais não são necessariamente afetadas pela Terapia Craniossacral.
2. Cólicas - problemas de digestão e de eliminação são corrigidos pela Terapia Craniossacral em aproximadamente 75% das vezes, a não ser que sejam devido a tumores ou outros problemas patológicos significativos.
3. Problemas psicológicos — A Terapia Craniossacral ajuda o terapeuta a desenvolver uma relação de harmonia e confiança com a criança rapidamente. Dessa forma, os problemas emocionais podem ser descobertos. Por outro lado, já vi vários problemas “psicológicos” desaparecerem quando foi feita a correção de um problema craniossacral. Esses problemas não tinham base emocional. Embora parecessem ser psicológicos, eram devidos a disfunções fisiológicas do sistema craniossacral.
4. Crianças hiperativas são tratadas com muita eficácia pela Terapia Craniossacral quando o problema não é de origem emocional. Em minha experiência, cerca de 50 a 60 por cento dos problemas de crianças hiperativas têm base no sistema craniossacral.
5. Dificuldades de aprendizado e dislexia — Como no caso das crianças hiperativas, quando o problema se origina no sistema craniossacral, o tratamento é muito eficaz. Isso é em 50 a 60 por cento dos casos.
6. Síndrome de Down — Essa é uma questão muito difícil. O que posso dizer é que crianças com síndrome de Down que receberam Terapia Craniossacral ficaram felizes e geralmente excederam as expectativas convencionais.
7. Retardo mental - Se a criança “retardada” responderá ou não de forma dramática à Terapia Craniossacral vai depender da causa do “retardo”. Obtive resultados extraordinariamente positivos em determinados casos. Em outros, elas ficaram mais saudáveis após o tratamento, mas não ficaram necessariamente mais espertas.
8. Paralisia cerebral— A maior parte da minha experiência tem sido com casos espásticos. Todas essas crianças melhoraram - algumas de forma dramática, outras só um pouco. Mais uma vez, depende da causa da paralisia. Às vezes, a espasticidade melhora, mas a criança fica com uma paralisia flácida. A flácida é mais confortável que a espástica, então isso tem algum valoR:
9. Convulsão - A resposta da criança com crises convulsivas depende estritamente da causa das convulsões. Já observei muitas crianças pararem de ter convulsões sem qualquer medicação enquanto recebiam Terapia Craniossacral. Algumas crianças cujas convulsões têm como causa desordens cerebrais profundas não respondem ao tratamento. A maioria delas deixa de ter convulsões e passa a requerer uma dose reduzida de medicamento.
10. Autismo - Fizemos três anos de pesquisas intensivas com crianças autistas no fim da década de 70. Observamos melhoras significativas no comportamento autodestrutivo, na mostra de afeição, e na interação social. Essas melhoras em geral se deterioravam dentro de três a seis meses após a descontinuação da Terapia Craniossacral. Essa é uma situação ideal para os pais aprenderem a tratar de seus filhos, e uma questão para mais pesquisas.
A Terapia Craniossacral é eficaz para tratar a escoliose?
Em alguns casos de escoliose, a causa é craniossacral. Na maior parte das vezes, contudo, o tubo da membrana dura-máter que desce pelo canal espinhal tem uma torção a qual pode ser detectada no início na vida.
A coluna resiste à torção o máximo de tempo possível, mas em algum momento, no período anterior à puberdade ou no início da adolescência, a coluna começa a contorcer-se em resposta à torção da dura-máter. Esse é o início de uma escoliose. Às vezes, se detectada no início, ela pode ser corrigida com a utilização da Terapia Craniossacral e então a escoliose desaparece.
Como é que a Terapia Craniossacral trabalha com a ortodontia?
Ela geralmente abrevia o tempo de ortodontia e ocasionalmente elimina totalmente a necessidade de aparelhos. Sugiro que todas as crianças sejam tratadas com Terapia Craniossacral antes de iniciar uma correção ortodôntica.
A Terapia Craniossacral é eficaz para tratar estrabismo e outras alterações oculares?
Quando o problema se deve a uma tensão na dura-máter afetando os nervos oculares, os resultados são excelentes e dramáticos.
Como surgiu a Terapia Craniossacral? Contando sua história...
A Terapia craniossacral é uma técnica manual de origem americana que utiliza o sistema craniossacral para ajudar a aliviar dores e disfunções, melhorando o funcionamento corporal de maneira global.
No início do século XX, o médico osteopata Willian Sutherland, pai da osteopatia craniana, observou que os ossos do crânio são estruturados para permitir discretos movimentos. Na década de 1970, o também médico osteopata John Upledger descobriu o movimento rítmico do sistema craniossacral durante uma cirurgia. A partir daí, pôs-se a estudar e desenvolver essa forma de tratamento, confirmando-a cientificamente.
Em seu livro "Seu médico interno e você", Dr. John E. Upledger relata sua vida; Bacharel em Medicina, formou uma família e realizou seu trabalho profissional com uma entrega natural.
Um dia, o destino ou o acaso o fizeram enfrentar um caso que não era governado por nenhuma das imagens clínicas descritas nos livros. O paciente em questão apresentava sintomas graves em seu sistema nervoso, seu sistema locomotor e distúrbios da pele. Depois de pesquisar e testar múltiplos tratamentos, eles localizaram uma calcificação em seu tubo dural (bainha da medula espinhal) no nível cervical. Eles decidiram raspar isso cirurgicamente e foi durante a intervenção quando o Dr. Upledger sentiu nas mãos como este tubo que rodeia a medula espinhal movido com uma cadência rítmica, independente do coração ou ritmo respiratório.
A partir desse momento decisivo, ele mudou radicalmente sua vida; Eu não pararia até encontrar uma explicação para esse novo ritmo do corpo que mais tarde eu chamava de Ritmo Craniossacral.
Estava imbuído de todo o conhecimento osteopático conhecido até então. Ao estudar o trabalho de William Garner Sutherland sobre a mobilidade dos ossos cranianos, ele propôs formar uma equipe de pesquisa na Universidade de Michigan para verificar ou refutar essa mobilidade e sua relação com o ritmo cranio-sacral.
Estudando em crânios humanos "frescos" e em primatas, eles demonstraram que os ossos cranianos nunca se fundem completamente e que devido à flutuação do volume do líquido cefalorraquidiano dentro do sistema de membrana meníngea, eles se moviam com um ritmo que oscila entre 6-12. vezes por minuto E melhor ainda, esse ritmo cranio-sacral poderia ser sentido não apenas no crânio, mas em qualquer parte do corpo através do tecido corporal fascial.
O Dr. John E. Upledger ficou fascinado com a natureza que nunca deixa de surpreender com a sua complexidade e, por sua vez, com a simplicidade; Às vezes, basta ouvir para que a informação chegue até nós, e ele sabia como ouvir.
Eu sabia que todo esse trabalho não estava lá, tinha que ter um senso, uma aplicação, e foi assim que a Terapia Cranio-Sacral foi desenvolvida, um método de trabalho tão respeitoso e sutil que é surpreendente que possa causar mudanças tão espetaculares na saúde dos pacientes.
Sua frase: "A distância mais curta entre dois pontos é a intenção" define parte de sua filosofia: ajuda o corpo, é um simples auxiliar incondicional, o corpo já sabe o que tem que fazer, mas precisa de um suporte suave e preciso ".
Todos os dias, o Dr. Upledger verificou a melhora em seus pacientes e criou técnicas de tratamento específicas, mas mais do que para seu uso pessoal, foi para poder transmitir esta terapia ao resto do mundo; que era fácil aprender por todos os profissionais realmente interessados em saúde e no ser humano integral. Mas ele não ficou ali.
Trabalhar com as membranas meníngeas e as fáscias em geral, de forma puramente física, nem sempre resultou na resolução total do problema do paciente. O Dr. Upledger começou a pesquisar o que ele chamou de "Cistos Energéticos": energia residual pós-traumática que o corpo não pode dissipar e depois encapsula.
Se esse cisto de energia mantém uma emoção desagradável por sua vez, não basta apenas lidar com a parte física, é necessário liberar a emoção que retém o processo.
Chegamos então à técnica da Libertação Somato-Emocional, onde o corpo-mente e alma estão integrados.
Quantas vezes o remédio esqueceu que somos mais do que reações e células químicas, temos emoções e pensamentos, temos sentimentos e tudo isso é uma parte capital do ser humano. Um trauma emocional pode nos deixar mais marcados do que a pior ferida do fogo. Mas podemos ajudar a remover esses encargos, sempre respeitando o processo natural do paciente, sem terapias extremamente complicadas ou sofrimento desnecessário, ouvindo o corpo e o que está armazenado nele.
O Dr. John E. Upledger faleceu em 2012, com mais de 70 anos continuava trabalhando em sua clínica (o Upledger Institute Inc., na Flórida), dedicando parte de seu tempo a programas com crianças autistas, veteranos do Vietnã e terapia com Golfinhos.
Sua mente aberta não conheceu limites; além dos cursos de Terapia Cranio-Sacral e Liberação Somato-Emocional, ele ensinava seminários sobre o sistema imunológico e sua relação com câncer e transplantes, etc. Permitiu o luxo de trabalhar com as mesmas células porque tudo o que está vivo tem memória e capacidade de resposta.
Dr. John E. Upledger foi um homem sem medo do que queria dizer, um homem que quebrou suas barreiras mentais, para o qual tudo é possível se você acha que é possível.
(Adaptado do texto de Virginia Peralta Sánchez, professora certificada do Upledger Institute Spain Published Massage Magazine - fevereiro de 2002)
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